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O empresário Márcio Marcassa Jr, 49 anos, nascido em Poços de Caldas, morou 16 anos na Bélgica, e veio para Rio Preto em 2000 para administrar o Porto Seco (alfândega de zona secundária). Atualmente, ele atua como empresário e despachante aduaneiro. A história dele com o Rio Preto Esporte Clube começou um pouco depois dele iniciar suas atividades comerciais na cidade, dois anos antes do acesso inédito de 2007. Marcassa falou com O JORNAL nesta semana e cravou: “sem vaidades, a união fez o time subir para o Paulistão naquele ano. A base se misturou com o profissional e deu uma liga muito boa”.

Marcassa tem grande experiência internacional em comércio exterior. É formado em Liège, na Bélgica. Ele utilizou essa sua experiência em benefício do clube, quando iniciou sua história no Jacaré, em 2005.  “Tudo começou em 2005, quando fui convidado pelo Alescio Zaneratti, que cuidava das categorias de base. Ao lado dele estava um grande amigo, o advogado e ex-atleta profissional na Europa, o Elton (Tatuí) e que por coincidência era de Votuporanga e havia voltado para o Brasil pouco depois de mim. Ali começou tudo. Tudo com planejamento, com profissionalismo”.

A utilização de vários jogadores da categoria de base no time que conquistou o acesso em 2007 para o Paulistão foi mencionado por Marcassa. “Não resta a menor dúvida de que investimento na base em qualquer time do interior é a grande saída dos clubes. Temos exemplos na região como Mirassol e Novo Horizontino. A região é um grande celeiro de atletas. Em 2007 isso ficou comprovado quando subimos para o Paulistão. Tínhamos mais de oito atletas da base no time que subiu.   Quando subimos havia uma união muito grande. A base se misturou com o profissional e deu uma liga muito boa. Todos tinham um único objetivo que era o acesso. O ambiente era muito bom. Tivemos dois excelentes treinadores, Ricardo Moraes e Luciano Dias que sempre gostaram de lançar novos atletas. Não havia interferência da diretoria executiva no futebol, éramos um bloco de pessoas do bem, sem vaidades. Alescio é um grande agregador e um guerreiro. Soube juntar as peças necessárias para o sucesso em 2007. Fizemos um planejamento, onde nada podia faltar. Desde o alojamento reformado para base / profissional até alimentação balanceada, psicólogos, aulas de inglês, dentista, aparelhos médicos. Cada um corria com comprometimento de fazer o melhor para o clube. Pessoas sensacionais, como Jairinho, João Dellatorre, Shirtes, Ortega, Júnior Badan, Ulisses Cury e muitas outras a quem peço desculpas por não lembrar de imediato”.

O time disputou o Paulistão de 2008, mas acabou caindo. Marcassa afirmou que naquele momento faltou mais peso da diretoria junto a Federação Paulista. “Fomos penalizados pela arbitragem em alguns casos, onde pesou mais a camisa de time grande e experiente e não a nossa de novato, que tinha acabado de subir. Tínhamos um bom time, apesar de jovem. Não perdemos nenhum jogo com mais de dois gols de diferença, então não houve grande derrota. Eu ainda acho que se tivéssemos mantido o Luciano como treinador não teríamos caído”.

Marcassa ficou no clube até quase o final do Paulista de 2019. “Algumas divergências me fizeram repensar minha atuação e preferi me afastar. Foram quatro anos intensos de muita energia sugada e muitas críticas de quem não vivia o dia a dia. Estive vice-presidente durante todo esse período e tinha uma função um pouco indefinida como ajudar com patrocínios, ir atrás de fornecedor de material esportivo (que por sinal deixava muito time grande no chinelo, tanta era a quantidade e qualidade de material fornecido pela Nakal), contatar empresários no exterior para ver nossos atletas e ainda colocar a mão no bolso para doar equipamentos médicos, remédios. Não só eu como muitos envolvidos”.

Foram boas passagens que ficam na memória e na saudade, como o companheirismo e a união de pessoas boas, focadas em colocar o clube no mais alto nível. “Tenho ainda na memória, imagens também do empate contra o Palmeiras no Parque Antártica e o gol de falta do Ricardinho na vitória contra o Santos, de Neymar, Robinho e Leão dentro do Riopretão. Que tudo isso ainda possa se repetir em um breve futuro”.

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