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João, num dos encontros do grupo que conquistou o acesso ao Paulistão de 2008

O empresário João Dellatorre, 67 anos, tem uma história bem antiga com o Rio Preto Esporte Clube. De Nova Aliança, sua cidade natal, ainda moleque, ele pegava ônibus aos domingos para ir até Rio Preto assistir aos jogos do Jacaré. O tempo passou, ele estudou, trabalhou em grandes empresas, casou e tem como filho um dos jogadores que mais deu lucro ao clube, o atacante Guilheme Dellatorre. Convidado pelo empresário Alescio Zaneratti, ele aceitou ser diretor do clube, em 2004. E como diretor participou da formação de duas grandes equipes do Rio Preto Esporte Clube, a de 2007, que obteve o acesso ao Paulistão, e a de 2016, que conseguiu o acesso para o Paulista A-2. O JORNAL falou com João Dellatorre nesta semana e relembrou um pouco dessas histórias.

Dellatorre falou sobre a formação do time em 2007. “Teve planejamento. O time foi formado já em 2006, que foi o ano que quase subimos. O time de 2006 já era bom e aí em 2007 só teve alguns ajustes. Em 2006 ficamos dependendo só de um resultado no final. Ganhar do União São João e o time de Barueri não podia ganhar. Foi por pouco. Tínhamos bastante jogadores da base. Aí, a diretoria trabalhou bem e contratou um técnico que seguiu o trabalho, manteve. E encaixou tudo. O que valeu foi o planejamento o ano anterior. Bem feito, ajustado. O que acho mais importante de tudo que aconteceu foi a união da diretoria. Diretores, comissão técnica, jogadores. Era livro aberto. O Alescio era uma pessoa que dava oportunidade para todos falarem. O Alescio e o doutor Vergílio. Naquela época ninguém queria se destacar mais que ninguém, a equipe, o conjunto, era mais importante”.

O time acabou caindo em 2008. Dellatorre acredita em quebra de união. “Foi ruim, mas mesmo com um monte de problemas, na última rodada só faltou um ponto. Por um ponto que caímos. Teve quebra de união, sim. Era Paulistão, A-1, tinha TV. Apareceram pessoas que não faziam parte lá atrás, trouxeram ideias diferentes. Vejo que naquele ano tínhamos que ter contratado jogadores mais caros, mais experientes. Mas demos muito azar também. Perdemos muitos pontos no inicio da competição e quando trocamos o treinador não surtiu o efeito desejado”.

Para Dellatorre, o Rio Preto teve entre 2004 até por volta de 2010, 2012, a melhor base do interior. “O investimento na base não é pequeno, o custo é grande. Não adianta pensar que com pouca dedicação e dinheiro monta time. O Alescio e o senhor Arino investiram bastante e deu muito resultado naqueles anos. Foram uns 10 anos de base que manteve o Rio Preto. Qualquer time que não tenha base não sobrevive. E isso não vale só para os pequenos, vale para todos os times. Muita gente vinha em Rio Preto para ver o nossos times, a nossa base. O clube ganhou muito com isso. Foi a melhor base do Rio Preto até hoje. Naquela época, por exemplo, o Guarani, a Ponte Preta, estavam caindo e nós crescendo. A base sustentou o clube naquele período, revelou muitos jogadores”.

Ele mencionou também sua entrada no clube, como diretor. “Eu já colaborava, mas aí o Alescio entra no clube e me convida. Entrei na diretoria e trouxe a Rodobens como patrocinadora. Gostava muito da base, isso foi em 2004. Fiquei até 2014. Retornei em 2016 a convite do (Júnior) Badan. Formamos o time que subiu da A-3 para A-2. Depois sai de novo”, afirmou Dellatorre que também foi conselheiro do Jacaré. “Sempre gostei da área de futebol. Fico feliz por ter participado dos acessos de 2007 e de 2016. Sempre dei muito palpite e nesses anos teve colegiado. Por exemplo, em 2016, o Felipe Manoel foi um dos últimos jogadores contratados e acabou prevalecendo minha opinião. E ele foi um dos destaques do clube. Na base, por exemplo, com o Alescio, eu levava os meninos nas aulas, buscava, ajudava bastante. O Guilherme jogava na base e a gente participava muito”.

Na foto, João ao lado do filho Guilherme Dellatorre e da mulher, Rosi

Recentemente, ele teve uma surpresa negativa com o clube. “Cancelaram meu titulo por falta de pagamento, mas todos os pagamentos estavam sendo feitos normalmente. Noto que a administração contábil do clube não está dentro dos padrões corretos. O dinheiro entrou na conta o clube e não tem como alegar o contrário. A partir dai, então, entrei com um processo na Justiça e ganhei liminar e agora estamos aguardando o julgamento. Mas não tem como ser indeferido. Paguei sempre minhas mensalidades adiantadas e na conta do clube. É triste acontecer algo assim”.

Dellatorre faz questão de mencionar algumas pessoas que merecem destaque nos anos em que esteve no clube. “Sem dúvida, o Alescio, doutor Vergílio, o mestre Francinha, Ricardo Moraes, Luciano Dias, senhor Arino, Marcassa e o Elton Tatuí. Tem muitos outros nomes de amigos que fizeram muito pelo clube, mas que posso acabar não citando aqui. Peço desculpas por não citar, mas todos possuem relevância para o nosso clube”.

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