jéssica de lima

Por Nicolle Bizelli

Recentemente Jéssica de Lima, 39, foi eleita a personalidade representante do esporte da cidade de São José do Rio Preto, por enquete realizada pelo site do GloboEsporte.com. Jéssica vestiu por muitos anos a camisa número 5 do Rio Preto Esporte Clube e outros times da cidade. A “profa”, apelido carinhoso que recebeu, coleciona homenagens. Em sua cidade natal, Iacanga, teve até torneio de futebol com o seu nome.

Aqui estão reunidas informações do que Jéssica de Lima anda fazendo atualmente. Confira a entrevista que a torcedora símbolo do futebol feminino, Nicolle Bizelli, realizou com Jéssica.

O JORNAL – Como tem sido o trabalho com a escolinha de futebol feminino depois de ter recebido o convite para integrar a comissão técnica da Seleção Brasileira Sub-20.
JÉSSICA DE LIMA – Sim, depois que eu recebi o convite, com certeza, houve uma maior procura! Até pela abertura que eu fiz da categoria sub-15. Teve muita procura, sim. E, realmente, alguns projetos de parceria, alguns convites para trabalhar em outros lugares.
Em relação ao prosseguimento do trabalho da escolinha, nesse momento da pandemia a gente fez uma plataforma onde a gente manda o treino para as meninas. Não é periodicamente, é de quinze em quinze dias, 20 em 20 dias, até porque, as vezes tem lugar para treinar, não tem lugar pra treinar, tem que ter algum adulto acompanhando, então a gente coloca lá, não como uma obrigatoriedade, mas se caso elas quiserem fazer.

A escolinha de Jéssica de Lima funciona em Rio Preto. Para entrar em contato, procurar pelos treinos oferecidos ou outras informações, entrar em contato pelo Facebook https://www.facebook.com/escolinhafutebolfeminino ou pelo Intagram @jessicadelimariopreto.

O JORNAL – O que ela anda estudando
JÉSSICA – No momento eu estou fazendo curso de psicologia pela CBF Academy. Fiz um de jogo ofensivo e farei um de periodização tática. No momento é isso que eu estou estudando. De curso, formalmente, mais os outros cursos que a gente faz. A gente faz muitas reuniões, grupos de estudo. É uma forma de deixar essa quarentena mais produtiva.

O JORNAL – Você tem uma história legal com cachorros…
JÉSSICA – Os meus cachorros, quando viajo, acabam ficando com alguns amigos. A gente vai dando um jeito, ou fica em casa e alguém vai lá ajudar, minhas amigas também têm muito cachorro.
É um companheiro aí quando a gente chega em casa! Está sempre brincando e deixando ficar mais leve, né. Cachorro é tudo de bom.
(Quem acompanha a Jessica no Instagram sabe que os cachorros dela são noveleiros!)

O JORNAL – Quais suas Indicações
Livro
JÉSSICA – Olha, um livro que eu estou terminando de ler, aliás, faz um tempo que eu li ele, eu estou relendo, “O poder do agora” (Sextante, 224pp, R$36,90).
É um livro sobre uma questão mais de consciência. É do Eckhart Tolle. É um livro de uma experiência que ele teve, tal, uma coisa mais de autoconhecimento, que eu estou terminando de ler no momento. E também vou iniciar um livro sobre futebol.


Séries
JÉSSICA – Gosto muito e recomendo “Arremesso final”, “The last dance” (uma temporada, 10 episódios de 50 minutos, disponível na plataforma Netflix) que é a série do Chicago Bulls com o Michael Jordan, que é muito interessante no meio do esporte.
E também assisti ao “Match Day” (uma temporada, 8 episódios de cerca de 40 minutos, disponível na plataforma Netflix) com o Barcelona, falando sobre os bastidores deles e tudo que tem de mágico naquele clube, né, top do mundo aí. São esses que eu vi que eu indicaria.

O JORNAL – Influências do mundo do futebol

Enquanto atleta
JÉSSICA – Gostava muito de jogadores da década de 1990. Gostava muito da época Parmalat, infelizmente o futebol feminino não era muito divulgado, então a gente acabava acompanhando mais o masculino. Gostava muito do time do Palmeiras, o Edmundo, Rivaldo, Djalminha. Era essa turma aí, daquela época vencedora, Palmeiras imbatível, era o que me inspirava muito, gostava muito de ver.

Na atualidade
JÉSSICA – Quem da atualidade eu gostaria de discutir sobre idéias de futebol, eu não gostaria, como discuto hoje, é a Pia Sundhage, a técnica da Seleção Brasileira feminina, com as reuniões on-line que nós temos.
Eu tento perguntar e extrair o máximo de conhecimento de uma pessoa que em termos de competitividade mundial é uma das maiores referências. Então não gostaria, como estou conseguindo ter essa oportunidade.

O JORNAL – Equipe mais marcante da carreira
JÉSSICA – Sem sombra de dúvida o Rio Preto. O Rio Preto é a equipe que eu torço ainda, que eu tenho uma gratidão muito grande, maiores títulos e conquistas coletivas e pessoais estão naquele clube. É o clube que eu mais joguei. Acredito que provavelmente eu tenha sido a atleta que mais tenha, no feminino, certeza absoluta, vestido a camisa do Rio Preto. No masculino já não sei, se teriam esses dados.
Então é a equipe que mais me marcou, por toda história. Saí de lá como campeã. Deixamos a equipe na segunda colocação no ranking nacional da CBF.

O JORNAL – Jéssica voltaria a atuar na equipe de Rio Preto?
JÉSSICA – É a equipe que eu continuo torcendo, continuo acompanhando, independente de não estar mais lá, mas quem sabe um dia a gente possa voltar a desenvolver outro tipo de trabalho, outro tipo de projeto lá, que é uma equipe que eu tenho uma feição muito grande.

O JORNAL – Como define o futebol
JÉSSICA – Ah, eu definiria o futebol… o jogo do caos. A verdadeira Teoria do caos. Uma complexidade em meio a simplicidade, é um verdadeiro paradoxo. Ao mesmo tempo, jogadores que não são tão talentosos têm condições de jogar e jogadoras que são talentosas também têm espaço. É um espaço democrático e por isso que eu acho que é tão fascinante essa modalidade.

Nicolle Bizelli – https://www.facebook.com/bizelli90 / https://www.instagram.com/bizelli90

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