itália

Estou na Itália há pouco mais de uma semana e já pude notar inúmeras diferenças com o nosso querido Brasil. A última que me despertou bastante atenção é como a Itália vive e revive sua história a todo momento. E dá valor para isso. Liguei a televisão hoje pela manhã e lá estava o presidente da República da Itália, Sergio Mattarella, num grande evento, falando sobre um tal de Bachelet. Elogios daqui, dali, e eu resolvi pesquisar sobre esse cara que estava sendo homenageado.

Pois bem. Hoje, dia 12 de fevereiro, completa 40 anos que Vittorio Bachelet (Roma, 20 de fevereiro de 1926 – Roma, 12 de fevereiro de 1980), um jurista e político italiano, morreu, vítima de uma emboscada, feita por terroristas. Bachelet era professor universitário, foi também diretor de Ação Católica e importante democrata-cristão. Na época, ele era vice-presidente do Conselho Superior do Judiciário e principal figura do mundo católico envolvido na renovação democrática do país. Vários eventos estavam programados para lembrar da luta de Bachelet e, claro, rechaçar o extremismo.

“Bachelet demonstrou com sua ação que é possível alcançar uma sociedade mais justa sem uma oposição dura. Hoje as oposições ideológicas desapareceram, por razões históricas, mas sempre há o risco de outras oposições baseadas na pura defesa de posições partidárias. É necessário ter maior coragem: através do diálogo paciente e tenaz, a melhor solução deve ser buscada com disponibilidade sincera “, afirmou o presidente da Itália.

Pelo que li em alguns jornais italianos e consegui entender, Bachelet tinha em mente uma idéia da centro-esquerda. Queria melhorar a vida das pessoas comuns e foi morto por conservadores reacionários. O Brasil poderia aprender um pouco com a Itália e também prestar homenagens para homens que foram mortos por lutarem pelo bem comum. Seria bom para todos.

Continuo por aqui em busca da cidadania italiana e aprendendo um pouco no velho mundo.

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