Em nosso último artigo falamos mais uma vez sobre o Seguro Automóvel, sua importância e números no mercado de seguros e como vem sendo aceito pelo consumidor brasileiro.
Provocamos a reflexão para que surjam “caminhos” que possam motivar todos agentes envolvidos na questão. A situação atual é de paralisia, antagonismos e achismos velados, que se combina com a realidade da politica de rouba monte que ocorre na indústria, guerra de preços na intermediação que os corretores de seguros exercem e na falta de interesse ou impossibilidades de compra do usuário/ segurado, por baixo interesse e/ou preço acima do seu poder de compra do benefício.
No artigo anterior dentre as 02(duas) hipóteses que levantamos, ou seja, envolvemos “dupla solução”, uma delas mais diretamente ligada á Indústria do Seguro. Neste contexto, os Corretores de Seguros nada podem fazer.
Arguimos e agora voltamos a falar justamente sobre o Tema que é possível avançar, assim acreditamos. Porém é preciso que as Seguradoras estejam dispostas a cumprir o seu papel que está diretamente ligado ao enfrentamento de um novo modelo operacional, que vai exigir um maior controle e gestão técnica-administrativa.
O ponto que não estaria inserido nesta decisão da Indústria do Seguro e que comentamos diz respeito a um caso de politicas publicas onde o Seguro Automóvel poderia prosperar caso houvesse investimentos do Governo Federal, em um Plano de Substituição da Frota Nacional. Muito bem, não podemos ficar esperando por esta implantação.
A outra sugestão chamamos de Seguro com Tarifa diferenciada para Carros mais velhos; este sim está diretamente ligado ao processo empresarial da Industria, sem depender da ajuda do Governo, mas que requer planejamento, investimento e viabilidade técnica operacional.
Aqui cabe uma justificativa:
- Não podemos ficar olhando para os 70% da FROTA Nacional sem Seguro, sem fazer nada. Ou melhor, deixando que outros mecanismos de Proteção, que estão distantes da Linha do Produto Seguro, acabem por nos “substituir” como se assim fossem.
- As Leis que regem o Mercado de Seguros são do século passado, a primeira seguradora (Boa Fé) surgiu em 1808, nosso Código Civil em 1850 e os grandes conglomerados seguradores á partir de 1895. Nosso setor não pode permitir que um assunto tão sério como este acabe indo para mãos de quem não possuem a qualificação necessária para desenvolver este papel.
Muito bem, feitas as colocações estruturais necessárias, vamos ao que poderia ser o início de uma Análise que venha possibilitar que o Mercado de Seguros passe a constituir mecanismos de aceitação para os Veículos mais Velhos e ou que atenda o Consumidor com menor poder de compra.
É uma sugestão, que naturalmente carece de muitos elementos e analises:
PLANO “X”
Como diz o ditado popular, nada se cria, tudo se copia, vamos para o exemplo das Operadoras de Plano de Saúde que criaram os produtos FLEX 30/50. Que são chamados de Co-Participação. Pois é, será que não poderíamos criar um novo produto AUTO/RCF-V/APP com este diferencial na Cobertura Casco.
Shirtes Pereira
Técnico em Edificações.
Bacharel em Economia e Administração de Empresa.
Docente ENS (Escola Nacional de Seguros).
Securitário e Corretor de Seguros Habilitado.